Mostrando postagens com marcador Blind Boys Of Alabama. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Blind Boys Of Alabama. Mostrar todas as postagens

16 de mar. de 2014

Blind Boys Of Alabama - Higher Ground

Pra quem tem mais de 50 discos em uma carreira tão longeva não tem o que se falar mas mesmo assim trouxe uma bela ilustração abaixo do tamanho e da importância deste grupo pra música mundial

Queria escrever o qto os amo, o qto os admiro e respeito e quem assistiu "RAY" lembra-se da cena onde sua mãe o deixa esperando o ônibus que o iria levar pra uma escola de cegos em outro estado; com roupas maltrapilhas e um papelão no peito escrito à mão seu destino!

Olha, o filme inteiro é emocionante mas essa cena em específico e o desfecho do filme retratam bem o que passaram os cegos nos EUA e como sofreram sim mais que os outros negros e que essa safra de músicos cegos foi causada pelo próprio país e sua falta de cuidados com venenos nas "roças" em que os escravos trabalhavam.

Mas ouvir os BBoA é viajar ao som da música divina, não por religiosidade, divina por respeito ao público, respeito à eles e respeito à um ser superior como eles mesmo dizem e todos sabem que citam ao Deus cristão e são sim cristãos cantores de "godspell" como sempre gosto de lembrar.

Gospel é uma abrasileirada numa palavra que deveria ser respeitada prq como os BBoA fazem eles cantam pra Deus e pra quem quiser ouvir, ou seja, "cantar pra Deus" ou "falar com Deus"; essa é a origem do termo original numa das vertentes do Blues; "Godspell" que nem os seguidores religiosos brazucas sabem prq não estudam o suficiente pra isso e só recebem mastigado o que lhes passam outros que menos sabem ainda.

Por isso os BBoA valem por uma aula,um culto, uma missa, uma prece ou uma oração; ouvi-los mesmo como aqui em covers é como estar em verdadeira comunhão com o alto, com os céus em louvores magníficos interpretados por negros cegos e lindos por dentro e por fora.

E se no céu tem som com certeza eles já fazem parte da trilha sonora!!!!!!
Os Blind Boys of Alabama andam com fé. Há mais de 70 anos na estrada, os integrantes do celebrado grupo americano de gospel ouviram o estouro do rock nos anos 1950, testemunharam a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos na década seguinte e atravessaram, quase incólumes, todas as variações do mercado fonográfico, da psicodelia à disco, do punk à eletrônica.

o recém-lançado “I’ll find a way”, produzido por Justin Vernon, do Bon Iver — e um histórico que inclui 50 discos oficiais, seis prêmios Grammy e três apresentações na Casa Branca, a mais recente durante uma cerimônia em torno do presidente Barack Obama, em 2010.

— Foi um privilégio cantar na Casa Branca sabendo que havia um presidente negro no comando — conta Ricky McKinnie, baterista e um dos vocalistas do grupo, sem recorrer ao “afro-americano” do vocabulário politicamente correto.

— Foi uma espécie de coroação nossa também, após percorrermos essa longa jornada com uma mensagem de fé e esperança.

Para um grupo que chegou a cantar para os soldados americanos durante treinamentos para a Segunda Guerra Mundial, ainda com o nome The Happy Land Jubilee Singers, o ponto de partida foi o ano de 1948, quando foi lançado o compacto “I can see everybody’s mothers but mine”, já como The Blind Boys of Alabama.

Na década seguinte, seus integrantes — dos quais Jimmy Carter é o único da formação original ainda em atividade — resistiram à tentação de seguir o pastor Little Richard e outras “ovelhas” pelos caminhos do rock, mantendo-se firmes no universo gospel.
— Nunca fomos fechados a outros estilos, mas naquele momento, como sempre lembra Jimmy, o rock e o blues tinham outras histórias e outros temas para contar e se desenvolver, muitas vezes envolvendo mulheres e bebida — conta McKinnie, que está na banda há “apenas” 23 anos, embora conheça Carter desde os 5 anos de idade. — E, quando você cresce num ambiente religioso, é difícil se afastar dele.

A música dos Blind Boys of Alabama sempre foi sobre a fé num ser superior acima de qualquer coisa, sempre foi sobre a devoção a Ele

Ao longo de sua trajetória, que inclui até mesmo participações em discursos do pastor Martin Luther King (morto em 1968), o grupo teve que lutar contra o preconceito em dose dupla: pela cor dos seus integrantes e pelo fato de eles serem cegos.

— Outros sofreram mais do que nós, que sempre tivemos amigos para nos proteger. Mesmo assim, durante muitos anos não pudemos tocar em determinados locais ou mesmo frequentar restaurantes de algumas cidades em nossas turnês — lembra McKinnie.

— Mas a deficiência nunca nos impediu de fazer nada.

A vida não é sobre o que você não pode fazer e sim sobre o que você é capaz de fazer.

Nós cantamos gospel.

E foi isso que nos manteve de pé, orgulhosamente, durante toda a nossa carreira.

Além de proteger, diversos amigos ajudaram os Blind Boys of Alabama e foram ajudados por eles em discos e shows.

A lista de colaboradores do grupo é extensa e incluiu trabalhos com Lou Reed, Prince, Tom Petty, Willie Nelson, K.D. Lang e Yo la Tengo.

Com Ben Harper, lançaram o emocionante “There will be a light”, em 2004, e o ao vivo “Live at the Apollo”, em 2006. (obs:já postado aqui)

Mas a relação mais marcante foi com Peter Gabriel, que levou o grupo para seu selo, Real World, e excursionou com ele por cerca de dois anos.

— Ben Harper foi marcante para nós, mas Peter Gabriel nos deu um suporte incrível.

Fizemos 30 shows com ele pela Europa e pelos Estados Unidos, o que abriu muitas portas para a banda — afirma o cantor, que elogia também o produtor do novo disco. (obs: um show desses o de Milão postado aqui tb)

— Justin é um jovem muito talentoso, que conseguiu dar um formato atual ao nosso som, sem tirar as suas características. É como se ele, de alguma forma, fizesse parte da banda agora.

— Não gostamos de tocar para plateias quietas — diz McKinnie. — Gostamos de gente que nos aqueça com seu calor e nos guie com seu barulho.
Higher Ground, the Five Blind Boys of Alabama's second album for Real World, is even more of a crossover effort than 1997's Spirit of the Century. It sports a classics-heavy track listing, including great choices of inspirational material from R&B legends Stevie Wonder ("Higher Ground"), Curtis Mayfield ("People Get Ready"), Aretha Franklin ("Spirit in the Dark"), Prince ("The Cross"), Jimmy Cliff ("Many Rivers to Cross"), and George Clinton ("You and Your Folks"). Another inspired choice is the backing band, sacred-steel guitarist Robert Randolph and the Family Band, who provides a rock-solid rhythm, yet also lends the feeling necessary to frame the vocals. Leads Clarence Fountain and George Scott, who've been performing together for over 50 years, direct the ensemble with gospel fire; Fountain's original, "Stand By Me," is a rollicking jubilee number done with all the energy of his mid-'50s performances. 
Elsewhere, Randolph contributes some great licks to "I May Not Can Se," another group original, and Ben Harper stops by to deliver a piercing high tenor on "People Get Ready." Admittedly, the Five Blind Boys aren't able to add much to often-heard classics like "Higher Ground" or "Many Rivers to Cross," and even their performance of the gospel standard "Wade in the Water" is quite wooden.
Review by John Bush

Higher Ground, the Five Blind Boys of Alabama's second album for Real World, is even more of a crossover effort than 1997's Spirit of the Century. It sports a classics-heavy track listing, including great choices of inspirational material from R&B legends Stevie Wonder ("Higher Ground"), Curtis Mayfield ("People Get Ready"), Aretha Franklin ("Spirit in the Dark"), Prince ("The Cross"), Jimmy Cliff ("Many Rivers to Cross"), and George Clinton ("You and Your Folks"). Another inspired choice is the backing band, sacred-steel guitarist Robert Randolph and the Family Band, who provides a rock-solid rhythm, yet also lends the feeling necessary to frame the vocals. Leads Clarence Fountain and George Scott, who've been performing together for over 50 years, direct the ensemble with gospel fire; Fountain's original, "Stand by Me," is a rollicking jubilee number done with all the energy of his mid-'50s performances. Elsewhere, Randolph contributes some great licks to "I May Not Can Se," another group original, and Ben Harper stops by to deliver a piercing high tenor on "People Get Ready."
On the follow-up to their Grammy-winning album Spirit of the Century, the three gospel-singing septuagenarians celebrate the holy side of secular songs in hopes of connecting with “the generations that are behind us,” as founding member Clarence Fountain put it. Always alert to the potent message of God’s mightiness, they exuberantly spiritualize the Stevie Wonder title track and Curtis Mayfield’s “People Get Ready,” as well as choice picks from the songbooks of Prince (“The Cross”), George Clinton (“You and Your Folks,” grafted onto the 23rd Psalm!), Ben Harper (“I Shall Not Walk Alone”), and others (Harper guests on three tracks). A few uplifting traditional gospel numbers turn up, too. Throughout the program, Blind Boy Jimmy Carter’s stirring tenor voice is a minor miracle. And “sacred steel” guitarist Robert Randolph and his Family Band are important to the success of the album, supplying genuine fervor to grooves that complement the elders’ heaven-bound vocals.
Reviews

This might just be the gospel and rock albums of the year rolled into one.
Rhythms (Australia)

'If you love gospel, blues, soul and funk then you'll want to own this album. Actually, if you love music (and I guess you do as you're reading this) buy this album.'
Hmv (UK)

Album of the Week
'Gospel and R&B, long intertwined, file into the same pew on this often inspired disc...a sound that will indeed take you higher.'
People (USA)

Really, really old gospel group makes magic
'Happily, the Blind Boys' second collection of funkafied gospel is even better than the first...This is another stunning set of songs from Alabama's finest, and more proof of gospel's influence on R&B and rock & roll.'
Rolling Stone (USA)

CD Spotlight
'Their golden years have gone platinum...Higher Ground is arguably a younger-sounding record - bluesier, rougher, funkier.'
Milwaukee Journal (USA)

'This is music for the people. This is music for everybody.'
The Education Digest (USA)
Songlines Recommends
'...it goes without saying that there won't be a better gospel record this year. Another Grammy surely beckons.'
Songlines (UK)

Gospel CD of the Week
'It'll sanctify your soul.'
Birmingham Post (UK)

Soul survivors
'...the harmonies are as delicious as ever...'
Wanderlust (UK)

'Higher Ground is a joyous triumph that has both a positive cohesion and formidable substance. It is a remarkable achievement for a group that was founded 60 years ago.'
Froots (UK)

'This stirring outfit puts punchy gospel singing over Sixties-style wailing guitar and tremulous Hammond organ, and the distinctive feature on Higher Ground is a soul/funk repertoire... The finale is a gem...'
Bbc Music (UK)

'It's hard to believe they could top their Grammy-winning Spirit of the Century, but they have.'
Usa Today
...two of the most thrillingly soulful albums to come from the gospel, blues, or soul genres in recent years
2001's Spirit of the Century and the new Higher Ground... Faith, soul and quality by the truckload.'
Billboard (USA)

The vocal somersaults are wondrous...
...particularly on the self-penned Stand By Me and Jimmy Cliff's Many Rivers To Cross. Ben Harper's three-song cameo is a treat...
Q Magazine (UK)

'This follow-up to the marvellous Grammy-winning Spirit of the Century...
...extends further the venerable gospel combo's forays into mainstream pop and rock territory, with covers of secular songs of righteous sentiment. It's an effective formula that serves to reinvigorate classic soul material...Revelatory stuff.'
The Independent (UK)

...there is no mistaking the passion and authenticity...
...of this session...music and message combine to stirring effect.
Sunday Times (UK)

Listen to their brilliant voodoo blues cover of Funkadelic's You And Your Folks...
The Observer (UK)

'Proving more popular than ever, the group were recipients of a deserved Grammy award last year for their Spirit Of The Century album. I wouldn't be at all surprised if this album accomplishes the same feat... The Blind Boys are backed by the excellent guitarist Robert Randolph and his Family Band, whose robust, organic arrangements imbue the music with a funky, blues-inflected edge. Sublime sanctified soul from a veritable gospel institution.'
Blues & Soul (UK)

It is gospel to make you gasp and funk to flex the soul.
Scotland On Sunday (UK)

"Inspirational"
Vanity Fair (USA)

"The Blind Boys freshen up classics, masterfully riffing off of familiar melodies. But their honey-and-gravel voices are never predictable. They're always hunting for - and finding - the perfect note or harmony that lifts an old tune into the sublime."
Time (USA)

In the music on Higher Ground, genres melt away...
...holiness and sanctity are synonymous with the grain of the human voice as it longs for the well of the heart's fulfilment; genres are transformed into the quest for an expression that belies all artificial constructs and aspires to pure spirit.
- All Music Guide Review (USA)
People Get Ready
Spirit in the Dark
Wade in the Water
Stand by Me
The Cross
Many Rivers to Cross
Higher Ground
Freedom Road
I May Not Can See
You and Your Folks/23rd Psalm
I Shall Not Walk Alone
Precious Lord

Enjoy!!!!!!!!!!!!!!!!